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BOLDO

Peumus boldus Molina

Descrição

O boldo é uma pequena árvore (5-6 m), indígena, do Chile, dióico e peremnifolio. O tronco é curto, grosso, com a casca um pouco rachada, castanho-cinza e tem um grande número de ramos e galhos. As suas folhas são aromáticas, perenes, opostas, inteiras, coreáceas, ásperas, ovais ou elípticas, verde-acinzentadas, geralmente com 3-8 cm de comprimento e 2-4 cm de largura, com um pecíolo curto, um ápice obtuso ou ligeiramente emarginado ou mucronado, e uma base simétrica e arredondada, com bordas inteiras e ligeiramente curvas até à parte inversa. O limbo é verde-acinzentado, grosso, duro e frágil. A face superior é áspera, verde escuro, com um grande número de marcadas pequenas saliências de glândulas, que contêm os óleos aromáticos e uma nervura deprimida. A parte inferior é finamente pubescente, verde pálido, tem protuberâncias menos marcadas, e uma nervura pinada e proeminente. Cheiro e sabor aromáticos. As flores são unissexuais, agrupadas em cimos terminais de 3-15 flores em forma de sino, axilares, amarelo pálido. As masculinas têm numerosos estames em várias verticilos e as femininas têm um pistilo com numerosos carpelos uniovulados. O fruto é uma pequena drupa negra, oval, carnuda, suculenta e comestível, de 5 a 7 mm de comprimento. Tem um cheiro aromático e amargo, e um sabor que lembra a limão ou cânfora. Pertence à família das Monimiáceas.

 

É originária das montanhas secas do Chile. No seu estado natural vive exclusivamente na  área da encosta ocidental dos Andes, nas colinas secas e ensolaradas das províncias de Valparaíso, Santiago e Concepción, e é cultivada, eventualmente, na Itália e na zona norte-africana. Portanto, é uma espécie tardiamente introduzida. Desenvolve-se principalmente em terras secas e soalheiras, em áreas pouco húmidas, com solo de características pedregosas, até aos 1.500 metros de altura, podendo mesmo adaptar-se a condições adversas de seca. Floresce aos 4 ou 5 anos, de julho a novembro (inverno no Chile). As folhas são colhidas durante os meses de dezembro e janeiro (verão no Chile), embora na maioria dos casos seja feita no outono. A sua semente tem um endosperma abundante e a sua propagação é dificultada pela lentidão da germinação das sementes.

 

Também é conhecida pelo nome de: Peta, voldu, boldu. A denominação de boldo deve-se ao botânico espanhol D. Boldo, e as propriedades terapêuticas das suas folhas foram investigadas pela primeira vez na Europa em 1869, e três anos depois isola-se a boldina, que é o alcaloide dos efeitos digestivos. Existem outras espécies relacionadas, a Monimia rotundifolia, que é um tipo de boldo australiano e que contém um óleo essencial de composição semelhante ao deste boldo tratado e de indicações e propriedades muito semelhantes. A outra espécie é a Cryptocaria peumus Nees, que é uma planta da família das lauráceas. Infelizmente, esta planta tem sido utilizada para falsificar o verdadeiro boldo, devido à sua semelhança física.

 

Parte utilizada

Utilizam-se as folhas e, às vezes, a casca.

 

Princípios ativos

*Folhas

 

 Alcaloides isoquinoleinicos aporfinicos. Os derivados da aporfina  (1-3%) contêm cerca de vinte, sendo a boldina,  a maioritária (25-30% do total) e são acompanhados por derivados da aporfina e noraporfina: isoboldina, 7-dehidroboldina, N-oxyisocoridina, isocoridina, noisocoridina, norisocoridina, laurotetanina, laurolitsina, sinoacutina, reticulina, esparteina, proaporfinina (-pronuciferina), sinoacutina.

Flavonoides (heterosídeos de glicose, ramnosa e arabinosa e de flavonois) derivados do ramnetol, isoramnetina e kenferol: boldosido, fragrósido, peumósido.

Óleo essencial (1-3% do peso seco):

Monoterpenos: paracimeno (28%),  e -pineno, limoneno, p-cimeno, -terpinenos, -felandreno, terpinoleno, canfeno, sabineno, -3-careno, 1-metil-4-isopropenilbenceno.

Álcoois monoterpénicos: linalol (9%), eucaliptol, -terpineol, -fenchol, farnesol.

 Fenois metil-éteres: eugenol, metileugenol.]

Óxidos: 1,8-cineol (4-16%), ascaridol (16-25%).

Cetonas: fenchona, cânfora, 2-nonanona, bornilacetato, -metilionona.

Aldeído cumínico.

Cumarinas.

Taninos (1-2%).

Heterosídeos amargos: boldoglucina (glicosideo).

Outros: resina, sais minerais, ácido cítrico, sinoacutina, isocoridina, proaporfina.

*Casca

 

 Alcaloides (6-10%): boldina, isocoridina, morfinandienona e proaporfina. A casca é mais rica em alcaloides, sendo o local de onde a boldina é, mais frequentemente, extraída, e apresenta-se como um pó branco, acinzentado ou amarelo, e com um sabor amargo.

A Farmacopeia Espanhola requer um teor em óleo essencial para o fármaco inteiro, de entre 2% e 4%, e para o medicamento fragmentado, um mínimo de 1,5%. Além disso, deve conter pelo menos 0,1% de alcaloides totais expressos como boldina, calculados em referência ao fármaco anidro.

 

Ação farmacológica

Uso interno:

 

Hepatoprotetor (alcaloides, boldina). O boldo demonstrou, em ensaios in vitro, sobre hepatocitos de rato ter um efeito hepatoprotetor face ao tert-butilo-hidroperóxido. O seu efeito protetor contra o tetracloreto de carbono também foi provado em testes em ratos.

Colagogo (facilita o esvaziamento da vesícula biliar) e a colerético (aumenta a produção de bílis no fígado) (alcaloides, flavonoides e óleo essencial). Foi comprovado, através da experimentação animal, que em doses elevadas tem uma forte ação colerética. O aumento da secreção biliar (colagoga), evidente mas de curta duração, parece dever-se, não só aos alcaloides, mas também à sinergia dos diferentes princípios ativos do boldo.

Anfocolerético. Alguns autores consideram o boldo antilitiásico porque produz alterações na composição química e nas propriedades físicas da bílis. Desta forma torna a bílis mais fluida e menos litogénica, ou seja, o boldo impede que a bílis se precipite e se formem novos cálculos ou aumentem de tamanho os já existentes.

Eupéptico, aperitivo, carminativo e promotor da digestão (alcaloides, óleo essencial). Em estudos realizados, observou-se que os alcaloides totais causam, nos cães, um aumento muito acentuado da secreção gástrica e acompanhado de sialorreia em doses mais elevadas.

Diurético (flavonoides e óleo essencial, terpineol), aumenta a secreção da ureia e do ácido úrico.

Laxante suave, possivelmente como resultado do maior afluxo de bílis ao trato digestivo que esta planta causa (resina, alcaloides).

Sedativo S.N.C. (alcaloides e óleo essencial). Em doses elevadas é hipnótico e anestésico ao nível do sistema nervoso central.

Antiespasmódico (alcaloides). Foi demonstrado como a boldina tem um efeito relaxante sobre a musculatura lisa, ao interferir diretamente no mecanismo colinérgico envolvido na contração.

Anti-inflamatório (flavonoides, boldina, eucaliptol, ascaridiol e p-cimol).

Antioxidante e anti-radical ( boldina). Tem sido observado, in vitro, que inibe a peroxidação lipídida e protege contra os radicais livres.

Ascaricídio (ascaridol do óleo essencial, boldina).

Anticandisdiásico (óleo essencial, boldina).

Bactericida (óleo essencial).

Antipirético devido à inibição na biossíntese das prostaglandinas (boldina, flavonoides).

Antisséptico das vias urinárias (flavonoides, óleo essencial).

Sialogogo (aumenta a secreção de saliva em pessoas que sofram de boca seca).

Outros: Nos coelhos são observados efeitos hiperglicémicos e inibidores do peristaltismo intestinal. Doses baixas deprimem a atividade do miocárdio do rato. Existem estudos clínicos em que foi observada uma ação antiagregante plaquetária.

Os alcaloides totais desta planta são mais ativos do que a boldina de forma individual, mas o extrato alcaloide, que contém flavonoides, é ainda mais. Experiências in vivo e in vitro, demonstraram o efeito anti-inflamatório e marcadamente hepatoprotector  do extrato hidroalcoólico de boldo, face à toxicidade induzida experimentalmente, ao reduzir a lipoperoxidação. No entanto, a atividade colerética não pôde ser provada. Atualmente, a ação genotóxica da negotóica foi excluída.

 

A boldina pura, testada parentalmente em ratos, aumenta a secreção da bílis de 43 (5mg/kg) para 140٪ (40 mg/kg). Nos cães e oralmente, a boldina aumenta a secreção biliar e o volume urinário. Inibidor da peristaltismo intestinal (50 mg/kg, cães, rato), este alcaloide tem os mesmos efeitos sobre o miocárdio que os alcaloides totais, é hipotensivo e ligeiramente sedativo do S.N.C. (100 mg/kg, cães, rato).

 

Uso externo:

 

Efeito sedativo, analgésico e calmante ou relaxante sobre a pele.

Indicações

Uso interno:

 

Afeções hepatobiliares: hepatite, disquinesia hepatobiliar, em insuficiências hepáticas, congestionamento hepático, litíase biliar, colelitíase, colecistite, cirrose.

Afeções digestivas: Sensação de inchaço após as refeições, digestão lenta ou difícil, perda de apetite, dispepsias hiposecretoras, meteorismo e flatulência, peso do estômago e mau (amargo) sabor da boca, espasmos gastrointestinais.

Boca seca.

Prisão de ventre de origem hepática.

Enxaquecas relacionadas com disfunções biliares, enxaquecas, dores de cabeça.

Infeções genitourinárias: cistite, etc.

Insónia de origem hepática, irritabilidade, tonturas.

Reumatismo, artrite, hiperuricemias.

Ascaridiase. Não utilizar como antihelminético em crianças sem supervisão médica.

Uso externo:

 

Neuralgias, enxaquecas (compressas).

Dores reumáticas (cataplasmas, banho).

Problemas dentários.

Contraindicações

Obstrução das vias biliares. O boldo pode causar cólica biliar e agravar a obstrução devido ao seu efeito colagogo/colerético.

Doenças hepáticas graves, uma vez que nestes casos, é aconselhável o descanso do aparelho digestivo.

Gravidez. O boldo não deve ser usado durante a gravidez devido à presença de ascaridol, que é uma substância tóxica que pode provocar efeitos adversos no feto. Foram realizados estudos sobre várias espécies animais, utilizando doses várias vezes superiores às humanas, e demonstrou-se que a boldina, em doses elevadas, administrada durante 90 dias, a ratas grávidas, às vezes provoca abortos e, outras vezes, não causou modificações histológicas em diferentes órgãos. Por outro lado, a boldina não produziu qualquer efeito mutagénico no teste de Ames, pelo que não tem ação genotóxica, uma vez que não aumenta as aberrações cromossómicas in vivo e in vitro, em células de mamíferos ou procariotas.

Lactação. O boldo não deve ser usado durante a gravidez devido à presença de ascaridol, que é uma substância tóxica que pode aceder ao leite materno e proVOCAR efeitos adversos no lactante. Desconhece-se se os componentes do boldo são excretados em quantidades significativas com o leite materno, e se isso pode afetar a criança. Recomenda-se suspender a amamentação ou evitar a administração do boldo.

O óleo volátil de boldo não é recomendado devido ao seu alto teor de ascaridol.

A monografia da Comissão Alemã E sobre esta planta recomenda apenas a utilização interna das preparações de boldo que tenham um teor de ascaridol muito baixo.

O boldo contém 4-terpenol, um ingrediente semelhante ao zimbro, que não deve ser consumido por pessoas com problemas renais, pois pode causar irritação renal.

Não é recomendada a utilização excessiva desta planta por períodos prolongados (mais de três a quatro semanas ininterruptamente).

Precauções e interações

Litíase biliar e colelitíase. O boldo deve ser utilizado com cuidado para o tratamento destas afeções, porque o seu efeito colagogo/colerético pode provocar cólicas biliares.

É muito importante não exceder as doses recomendadas em cada forma de apresentação (pode ocorrer toxicidade).

Interações com medicamentos

Poderia reduzir a absorção de Tecnecio 99, em eritrócitos, em testes de diagnóstico.

Efeitos secundários e toxicidade

Não foram reportadas reações adversas nas doses terapêuticas recomendadas.

 

O óleo essencial, devido ao seu teor de ascaridol, não deve ser utilizado internamente:

 

A essência, a partir de 300 mg pode causar vómitos e diarreia.

Em doses mais elevadas pode provocar hiperexitação, alucinações, cãibras musculares e, inclusive, um efeito anestésico ao nível do SNC, hipnótico, narcótico ou convulsivo e paralisia respiratória.

Se administrado como uma injeção hipodérmica, a boldina (um alcaloide existente em 25%) paralisa os nervos sensoriais e motores, aumentando a frequência respiratória e a produção de urina. Em doses elevadas pode causar convulsões e até mesmo a morte devido à paragem do centro respiratório.

O extrato hidroalcoólico da folha de boldo e a boldina, podem provocar, em animais experimentais, alterações nos níveis de plasma de colesterol, bilirrubina, glicose, alanina aminotransferasa e aspartato aminotransferasa.

Toxicidade

Não foi observada toxicidade aguda, após a administração oral do extrato hidroalcoólico de boldo em ratos, em doses até 3g/kg. Em ratos, a toxicidade do mesmo extrato era baixa na administração intraperitoneal, com LD50 a ser de 6 g/kg. O LD50, em ratos, por administração intraperitoneal de alcaloides totais e de boldina foi de 450 mg/kg e 250 mg/kg, respectivamente, correspondendo a 75 e 125 g/kg de extrato de boldo, respectivamente.

Noutros estudos com cobaias, observou-se que a D.L.50 do cloridrato de boldina é na ordem de 25 a 35 mg/kg por i.v., dez vezes mais elevada em cães. Em ratos a D.L.50, per os, deste alcaloide é de 250 mg/kg; o do extrato de fluido de 6 g/kg; a dos alcaloides totais de 400 mg/kg. Portanto, nas habituais doses terapêuticas das preparações de boldo e de boldina não há nenhuma manifestação tóxica.

O óleo essencial da folha de boldo é tóxico, por via oral, para roedores (LD50 inferior a 1g/kg) enquanto por via tópica é muito pouco irritante.

Em caso de excesso de dosagem ou ingestão acidental, vá a um centro médico ou consulte o Serviço de Informação Toxicológica, telefone (91)-562.04.20, indicando o produto e a quantidade ingerida.

Estudos

Estudos clínicos sobre a sua ação hepatoprotetora:

Lanhers MC, Joyeux M, Soulimani R, Fleurentin J, Sayag M, Mortier F, Younos C, Pelt JM. Laboratoire de Pharmacognosie, Universite de Metz, France. Hepatoprotective and anti-inflammatory effects of a traditional medicinal plant of Chile, Peumus boldus. Planta Med. 1991 Apr;57(2):110-5. PMID: 1891491 [PubMed-indexed for MEDLINE].

      O extrato seco hidroalcoólico de Peumus boldus (Monimiaceae) foi avaliado pelos seus efeitos hepatoprotetores, coleréticos e anti-inflamatórios em ratos e ratas, para validar ou invalidar as indicações terapêuticas tradicionais. Este extrato exerceu uma hepatoproteção significativa da hepatoxicidade induzida por tert-butilo hidroperóxido, em hepatocitos de rata isolados (técnica in vitro), por redução da peroxidação lipídica e a perda enzimática de LDH; esta eficácia in vitro foi reforçada pela significativa hepatoproteção na hepatoxicidade CC14-induzida em ratos (técnica in vivo), o extrato de planta reduzindo a perda enzimática de ALAT. A boldina, o alcaloide principal de Peumus boldus parece estar implicada nesta atividade hepatoprotetora. Os efeitos coleréticos, muitas vezes mencionados nas indicações tradicionais, não foram confirmados nas ratas. Finalmente, foram obtidos os efeitos anti-inflamatórios significativos e dependentes da dose, num processo anti-inflamatório agudo (teste de edema em ratas, induzidos por carragenina). A boldina não parece estar envolvida em tais propriedades.

Jimenez I, Speisky H. Laboratory of Lipids and Antioxidants, Nutrition and Food Technology Institute, University of Chile, Santiago, Chile. Biological disposition of boldine: in vitro and in vivo studies. Phytother Res. 2000 Jun;14(4):254-60. PMID: 10861968 [PubMed-indexed for MEDLINE].

Kringstein P, Cederbaum AI. Department of Biochemistry, Mount Sinai School of Medicine, New York, NY 10029, USA. Boldine prevents human liver microsomal lipid peroxidation and inactivation of cytochrome P4502E1. Free Radic Biol Med. 1995 Mar;18(3):559-63. PMID: 9101247 [PubMed-indexed for MEDLINE].

Estudo clínico sobre a sua ação colerética:

Salati R, Lugli R, Tamborino E. Evaluation of the choleretic property of 2 preparations containing extracts of boldo and cascara. Minerva Dietol Gastroenterol. 1984 Jul-Sep;30(3):269-72. PMID: 6504376 [PubMed-indexed for MEDLINE].

Estudos clínicos sobre a sua ação antiespasmódica:

Gotteland M, Espinoza J, Cassels B, Speisky H. Unidad de Gastroenterologia, INTA, Santiago de Chile. Effect of a dry boldo extract on oro-cecal intestinal transit in healthy volunteers. Rev Med Chil. 1995 Aug;123(8):955-60. PMID: 8657963 [PubMed-indexed for MEDLINE].

       Antecedentes: Boldo (Peumus boldus Molina) é uma planta medicinal amplamente utilizada. No entanto, os seus efeitos fisiológicos não são bem conhecidos. Estudos recentes em animais mostraram que certos componentes do boldo relaxam o músculo liso e prolongam o trânsito intestinal. Objetivo: Avaliar os efeitos de um extrato seco de boldo no tempo do trânsito de ouro cecal em seres humanos normais. Indivíduos e métodos: 12 voluntários receberam 2,5g de extrato seco de boldo ou placebo (glicose) durante dois períodos sucessivos de quatro dias. No quarto dia, 20g de lactulose foi administrado e o hidrogénio da respiração foi recolhido a cada 15 minutos. O tempo de trânsito ouro cecal foi definido como o tempo no qual a respiração de hidrogénio aumentou 20ppm. Resultados: O tempo de trânsito ouro cecal foi mais longo após a administração do extrato de boldo, em comparação com o placebo (112,5 +/-15,4 e 87+/-11,8 min, respectivamente). Conclusões: O extrato de boldo prolonga o tempo de trânsito ouro-cecal.

Yu SM, Lee SS, Hou YS, Teng CM. Department of Pharmacology, Chang Gung Medical College, National Taiwan University, Taipei. Mechanisms of vasorelaxation induced by N-allylsecoboldine in rat thoracic aorta. Naunyn Schmiedebergs Arch Pharmacol. 1994 Jun;349(6):637-43. PMID: 7969515 [PubMed-indexed for MEDLINE].

Speisky H, Squella JA, Nunez-Vergara LJ. Biochemical Pharmacology Unit, University of Chile, Santiago. Activity of boldine on rat ileum. Planta Med. 1991 Dec;57(6):519-22. PMID: 1818341 [PubMed-indexed for MEDLINE].

Madrero Y, Elorriaga M, Martinez S, Noguera MA, Cassels BK, D'Ocon P, Ivorra MD. Departament de Farmacologia, Facultat de Farmacia, Universitat de Valencia, Spain. A possible structural determinant of selectivity of boldine and derivatives for the alpha 1A-adrenoceptor subtype. Br J Pharmacol. 1996 Dec;119(8):1563-8. PMID: 8982502 [PubMed-indexed for MEDLINE].

Martínez S, Madrero Y, Elorriaga M, Noguera MA, Cassels B, Sobarzo E, D'Ocon P, Ivorra MD. Departament de Farmacologia, Facultat de Farmacia, Universitat de Valencia, Burjassot, Spain. Halogenated derivatives of boldine with high selectivity for alpha1A-adrenoceptors in rat cerebral cortex. Life Sci. 1999;64(14):1205-14. PMID: 10210263 [PubMed-indexed for MEDLINE].

Chulia S, Moreau J, Naline E, Noguera MA, Ivorra MD, D'Ocon MP, Advenier C. Faculte de Medecine Paris-Ouest 15, l'Ecole de Medecine, France. The effect of S-(+)-boldine on the alpha 1-adrenoceptor of the guinea-pig aorta. Br J Pharmacol. 1996 Dec;119(7):1305-12. PMID: 8968536 [PubMed-indexed for MEDLINE].

Estudos clínicos sobre a sua ação anti-inflamatória:

Gotteland M, Jimenez I, Brunser O, Guzman L, Romero S, Cassels BK, Speisky H. Gastroenterology Unit, Institute of Nutrition and Food Technology (INTA), University of Chile, Santiago, Chile. Protective effect of boldine in experimental colitis. Planta Med. 1997 Aug;63(4):311-5. PMID: 9270374 [PubMed-indexed for MEDLINE].

Milian L, Estelles R, Abarca B, Ballesteros R, Sanz MJ, Blazquez MA. Department of Pharmacology, Faculty of Pharmacy, University of Valencia, Avda. Vicent Andres Estelles s/n, 46100 Burjassot, Valencia, Spain. Reactive oxygen species (ROS) generation inhibited by aporphine and phenanthrene alkaloids semi-synthesized from natural boldine. Chem Pharm Bull (Tokyo). 2004 Jun;52(6):696-9. PMID: 15187389 [PubMed-in process].

Estudos clínicos sobre a sua ação anti-inflamatória e antipirética:

Backhouse N, Delporte C, Givernau M, Cassels BK, Valenzuela A, Speisky H. Departamento de Quimica Farmacologica y Toxicologica, Facultad de Ciencias Quimicas y Farmaceuticas, Universidad de Chile, Santiago. Anti-inflammatory and antipyretic effects of boldine. Agents Actions. 1994 Oct;42(3-4):114-7. PMID: 7879695 [PubMed-indexed for MEDLINE].

Estudos clínicos sobre a sua ação quimioprotetora:

Kubinova R, Machala M, Minksova K, Neca J, Suchy V. Department of Natural Drugs, Academy of Sciences, Czech Republic. Chemoprotective activity of boldine: modulation of drug-metabolizing enzymes. Pharmazie. 2001 Mar;56(3):242-3. PMID: 11265593 [PubMed-indexed for MEDLINE].

       Foram investigados os possíveis efeitos quimioprotetores do alcaloide encontrao de forma natural boldina, o alcaloide principal das folhas e casca de boldo (Peumus boldus Mol.), incluindo modulações in vitro de enzimas metabolizantes do farmaco em linhas de celulas Epa-1 de hepatomas de ratos e microssomas hepáticos de ratos. A boldina manifestou atividade inibitória nas atividades dos microssomas hepáticos CYP1A-dependente de 7-ethoxiresorufin O-deethylase e da CYP3A -dependente testosterona 6-beta-hidrolasa e uma atividade estimulada glutatione S-transferasa nas células Hepa-1. Além da conhecida atividade antioxidante, a boldina pode diminuir a ativação metabólica de outros xenobióticos, incluindo mutagénicos químicos.

Estudo clínico sobre a sua ação anticancerosa:

Gonzalez-Cabello R, Speisky H, Bannach R, Valenzuela A, Feher J, Gergely P. 2nd Department of Medicine, Semmelweis University of Medicine, Budapest, Hungary. Effects of boldine on cellular immune functions in vitro. J Investig Allergol Clin Immunol. 1994 May-Jun;4(3):139-45. PMID: 7981884 [PubMed-indexed for MEDLINE].

Estudos clínicos sobre o seu efeito fotoprotetor:

Rancan F, Rosan S, Boehm K, Fernandez E, Hidalgo ME, Quihot W, Rubio C, Boehm F, Piazena H, Oltmanns U. Department of Dermatology, Humboldt University (Charite), 10117 Berlin, Germany. Protection against UVB irradiation by natural filters extracted from lichens. J Photochem Photobiol B. 2002 Nov;68(2-3):133-9. PMID: 12468208 [PubMed-indexed for MEDLINE].

Estudos clínicos sobre a sua ação antioxidante:

Jang YY, Song JH, Shin YK, Han ES, Lee CS. Department of Pharmacology, College of Medicine, Chung-Ang University, Seoul, 156-756, Korea. Protective effect of boldine on oxidative mitochondrial damage in streptozotocin-induced diabetic rats. Pharmacol Res. 2000 Oct;42(4):361-71. PMID: 10987997 [PubMed-indexed for MEDLINE].

       Foi proposto um aumento do stress oxidativo por estar incluído na patogénese e na progressão dos danos nos tecidos diabéticos. Vários antioxidantes têm sido descritos como benéficos para os danos associados ao stress oxidativo. A boldina ([s]2,9-dihidroxi-1,10-dimetoxiaporfina) é o principal alcaloide encontrado nas folhas e casca de boldo (Peumus boldus Molina) e tem demonstrado possuir atividade antioxidante e efeitos anti-inflamatórios. Deste ponto de vista, foi avaliado o possível efeito antidiabético da boldina e o seu mecanismo. As experiências foram realizadas em ratos machos divididos em quatro grupos: de controle, de boldina (100mg kg (-1), diariamente em água potável), diabético (dose individual de 80mg kg (-1) de estretozotocina (STZ) e diabético, simultaneamente alimentado com boldina durante 8 semanas. O estado diabético foi periodicamente avaliado com alterações nos níveis de glicose plasmática e no peso corporal em ratos. O efeito da boldina nos ratos diabéticos STZ-induzidas, foi examinado com a formação de malondialdeídos e carbonilos e as atividades de enzimas antioxidantes endógenas (superóxido dismutasa e glutatião peroxidasa) nas mitocôndrias do pâncreas, rins e fígado. Foi também investigada a ação de busca da boldina sobre os radicais livres do oxigénio e o efeito na produção de radicais livres mitocondriais. O tratamento de boldina atenuou o desenvolvimento da hiperglicemia e da perda de peso induzida pela injeção de STZ em ratos. Os níveis de malondialdeído (MDA) e de carbonilos nas mitocôndrias do pâncreas, rins e fígado foram significativamente elevados em ratos tratados com STZ.

 

A administração de boldina diminuiu a elevação STZ induzida da atividade MnSOD nas mitocôndrias do pâncreas e do rim, mas não nas mitocôndrias do fígado. No grupo tratado com STZ, as atividades do glutatião peroxidasa diminuíram nas mitocôndrias do fígado e foram elevadas nas mitocôndrias do pâncreas e do rim. O tratamento de boldina restaurou as atividades enzimáticas alteradas no fígado e no pâncreas, mas não no rim. A boldina atenuou ambos, STZ- e ferro mais ascorbato-MDA induzido e a formação de carbonilo e oxidação de tiol nos homogeneizados do pâncreas. A boldina decompunha os aniões superóxido, peróxidos de hidrogénio e radicais hidroxilos de forma dependente da dose. Os alcaloides atenuaram, significativamente, a produção de aniões superóxidos, peróxido de hidrogénio e óxido nítrico causados pelas mitocôndrias do fígado. Os resultados indicam que a boldina pode exercer um efeito inibidor sobre a lesão do tecido oxidativo induzido pela STZ e a atividade enzimática oxidativa alterada pela decomposição das espécies reativas de oxigénio e pela inibição da produção de óxido nítrico e pela redução da formação do produtos de peroxidação-induzida. A boldina pode atenuar o desenvolvimento da diabetes induzida pela STZ nos ratos e interferir com o papel do stress de oxidação, um dos agentes patogénicos da diabetes mellitus.

Bannach R, Valenzuela A, Cassels BK, Nunez-Vergara LJ, Speisky H. Unidad de Bioquimica Farmacologica y Lipidos, Instituto de Nurticion y Tecnologia de los Alimentos, Santiago, Chile. Cytoprotective and antioxidant effects of boldine on tert-butyl hydroperoxide-induced damage to isolated hepatocytes. Cell Biol Toxicol. 1996 Apr;12(2):89-100. PMID: 8738478 [PubMed-indexed for MEDLINE].

Speisky H, Cassels BK, Lissi EA, Videla LA. Facultad de Quimica, Pontificia Universidad Catolica, Santiago, Chile. Antioxidant properties of the alkaloid boldine in systems undergoing lipid peroxidation and enzyme inactivation. Biochem Pharmacol. 1991 Jun 1;41(11):1575-81. PMID: 2043147 [PubMed-indexed for MEDLINE].

Speisky H, Cassels BK. Unidad de Bioquimica Farmacologica y Lipidos, Universidad de Chile, Santiago. Boldo and boldine: an emerging case of natural drug development. Pharmacol Res. 1994 Jan-Feb;29(1):1-12. PMID: 8202440 [PubMed-indexed for MEDLINE].

       O boldo (Peumus boldus Mol.), uma árvore chilena, tradicionalmente usada na medicina popular e reconhecida como um remédio à base de plantas em várias farmacopeias, principalmente para o tratamento de doenças hepáticas, foi, recentemente, alvo de uma atenção crescente. A boldina, em particular, o principal e mais característico constituinte alcaloide destas espécies vegetais, surge agora como o seu princípio ativo mais interessante do ponto de vista farmacológico. A recente demonstração de que a boldina é um antioxidante eficaz tanto nos sistemas biológicos como não biológicos abriu ainda mais perspectivas para uma vasta gama de utilizações na medicina e na indústria. Tendo em conta os dados toxicológicos deste alcaloide, as suas propriedades antioxidantes colocam-no como uma substância em potencial uso em muitos estados de doença, apresentando radicais livres relacionados com o dano da oxidação. Este exame tenta cobrir e discutir os estudos realizados ao longo das últimas quatro décadas, sobre as propriedades farmacológicas e químicas do boldo e do seu principal constituinte.

Cassels BK, Asencio M, Conget P, Speisky H, Videla LA, Lissi EA. Departamento de Quimica, Facultad de Ciencias, Universidad de Chile, Santiago. Structure-antioxidative activity relationships in benzylisoquinoline alkaloids. Pharmacol Res. 1995 Feb;31(2):103-7. PMID: 7596952 [PubMed-indexed for MEDLINE].

Schmeda-Hirschmann G, Rodriguez JA, Theoduloz C, Astudillo SL, Feresin GE, Tapia A. Laboratorio de Quimica de Productos Naturales, Instituto de Quimica de Recursos Naturales, Universidad de Taka, Casilla 747, Talca, Chile. Free-radical scavengers and antioxidants from Peumus boldus Mol. ("Boldo"). Free Radic Res. 2003 Apr;37(4):447-52. PMID: 12747739 [PubMed-indexed for MEDLINE].

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Estudo clínico sobre o seu efeito benéfico em caso de aterosclerose:

Santanam N, Penumetcha M, Speisky H, Parthasarathy S. Department of Pathology, LSU Health Science Center, 533 Bolivar St, New Oreleans, LA 70112, USA. A novel alkaloid antioxidant, Boldine and synthetic antioxidant, reduced form of RU486, inhibit the oxidation of LDL in-vitro and atherosclerosis in vivo in LDLR(-/-) mice. Atherosclerosis. 2004 Apr;173(2):203-10. PMID: 15064093 [PubMed-in process].

Estudos clínicos sobre a sua ação antimicrobiana:

Vila R, Valenzuela L, Bello H, Canigueral S, Montes M, Adzet T. Composition and antimicrobial activity of the essential oil of Peumus boldus leaves. Planta Med. 1999 Mar;65(2):178-9. PMID: 10193210 [PubMed-indexed for MEDLINE].

        A composição e atividade antimicrobiana do óleo essencial das folhas de Peumus boldus é investigada. As análises do óleo obtido por hidrodistillação foram realizadas pela GC e pela GC-MS, utilizando colunas de duas fases estacionárias diferentes. A fração do óleo essencial pela coluna cromatográfica em gel de sílica foi realizada para melhorar a identificação de alguns constituintes. Mais de 90% do óleo total (46 componentes) foi identificado, sendo os principais constituintes monoterpenos (90,5%), entre os quais o limoneno (17,0%), o p-cymeno (13,6%), 1,8 cineol (11,8%) e o beta-phellandreno (8,4%), a percentagem mais elevada. A determinação da concentração fungicida mínima ou bactericida, em contraste com vários microrganismos, demonstrou atividades interessantes para os Streptococcus pyogenes, Micrococcus sp., e Candida sp.

Estudo clínico sobre a sua ação antipoliovírus:

Boustie J, Stigliani JL, Montanha J, Amoros M, Payard M, Girre L. Laboratoire de Pharmacognosie et Mycologie, Faculte de Pharmacie, Universite de Rennes, France. Antipoliovirus structure-activity relationships of some aporphine alkaloids. J Nat Prod. 1998 Apr;61(4):480-4. PMID: 9584402 [PubMed-indexed for MEDLINE].

Estudo clínico sobre a sua ação antitrypanosomial:

Morello A, Lipchenca I, Cassels BK, Speisky H, Aldunate J, Repetto Y. Department of Biochemistry, Faculty of Medicine, University of Chile, Santiago. Trypanocidal effect of boldine and related alkaloids upon several strains of Trypanosoma cruzi. Comp Biochem Physiol Pharmacol Toxicol Endocrinol. 1994 Mar;107(3):367-71. PMID: 8061943 [PubMed-indexed for MEDLINE].

Estudos clínicos sobre a sua ação a nível do sistema nervoso e como neuroléptica:

Asencio M, Delaquerriere B, Cassels BK, Speisky H, Comoy E, Protais P. Departamento de Quimica, Facultad de Ciencias, Universidad de Chile, Santiago. Biochemical and behavioral effects of boldine and glaucine on dopamine systems. Pharmacol Biochem Behav. 1999 Jan;62(1):7-13. PMID: 9972839 [PubMed-indexed for MEDLINE].

      Neste estudo observou-se que a boldina não possui atividade antidopaminérgica, in vivo, enquanto que o alcaloide glaucina sim,  parece ter alguma atividade antidopaminergica, pelo que poderia usar-se como neuroléptica.

Loghin F, Chagraoui A, Asencio M, Comoy E, Speisky H, Cassels BK, Protais P. Toxicology Laboratory, Faculty of Pharmacy, University of Medicine and Pharmacy, 3400 Cluj-Napoca, Romania. Effects of some antioxidative aporphine derivatives on striatal dopaminergic transmission and on MPTP-induced striatal dopamine depletion in B6CBA mice. Eur J Pharm Sci. 2003 Feb;18(2):133-40. PMID: 12594006 [PubMed-indexed for MEDLINE].

Youn YC, Kwon OS, Han ES, Song JH, Shin YK, Lee CS. Department of Neurology, College of Medicine, Chung-Ang University, Seoul, South Korea. Protective effect of boldine on dopamine-induced membrane permeability transition in brain mitochondria and viability loss in PC12 cells. Biochem Pharmacol. 2002 Feb 1;63(3):495-505. PMID: 11853700 [PubMed-indexed for MEDLINE].

Sobarzo-Sanchez EM, Arbaoui J, Protais P, Cassels BK. Departamento de Quimica, Facultad de Ciencias, Universidad de Chile, Casilla 653, Santiago, Chile. Halogenated boldine derivatives with enhanced monoamine receptor selectivity. J Nat Prod. 2000 Apr;63(4):480-4. PMID: 10785418 [PubMed-indexed for MEDLINE].

Zetler G. Department of Pharmacology, Medical University of Lubeck, F.R.G. Neuroleptic-like, anticonvulsant and antinociceptive effects of aporphine alkaloids: bulbocapnine, corytuberine, boldine and glaucine. Arch Int Pharmacodyn Ther. 1988 Nov-Dec;296:255-81. PMID: 2907279 [PubMed-indexed for MEDLINE].

Estudos clínicos sobre a sua ação sobre a musculatura estriada:

Nestes dois estudos clínicos observou-se que o efeito relaxante da boldina, sobre a musculatura estriada, era dose-dependente. A 200 microM é relaxante e a 300 microM aumenta a contração.

Kang JJ, Cheng YW, Fu WM. Institute of Toxicology, College of Medicine, National Taiwan University, Taipei. Studies on neuromuscular blockade by boldine in the mouse phrenic nerve-diaphragm. Jpn J Pharmacol. 1998 Feb;76(2):207-12. PMID: 9541284 [PubMed-indexed for MEDLINE].

Kang JJ, Cheng YW. Institute of Toxicology, College of Medicine, National Taiwan University, Taipei, R.O.C. Effects of boldine on mouse diaphragm and sarcoplasmic reticulum vesicles isolated from skeletal muscle. Planta Med. 1998 Feb;64(1):18-21. PMID: 9491763 [PubMed-indexed for MEDLINE].

Estudo clínico sobre a sua ação relaxante sobre a musculatura uterina:

Ivorra MD, Martinez F, Serrano A, D'Ocon P. Department de Farmacologia, Facultat de Farmacia, Universitat de Valencia, Spain. Different mechanism of relaxation induced by aporphine alkaloids in rat uterus. J Pharm Pharmacol. 1993 May;45(5):439-43. PMID: 8099963 [PubMed-indexed for MEDLINE].

Estudo clínico sobre a sua ação antiagregante plaquetária:

Teng CM, Hsueh CM, Chang YL, Ko FN, Lee SS, Liu KC. Pharmacological Institute, College of Medicine, National Taiwan University, Taipei, Taiwan. Antiplatelet effects of some aporphine and phenanthrene alkaloids in rabbits and man. J Pharm Pharmacol. 1997 Jul;49(7):706-11. PMID: 9255715 [PubMed-indexed for MEDLINE].

Chen KS, Ko FN, Teng CM, Wu YC. Graduate Institute of Natural products, Kaosiung Medical College, Taiwan, Republic of China. Antiplatelet and vasorelaxing actions of some aporphinoids. Planta Med. 1996 Apr;62(2):133-6. PMID: 8657745 [PubMed-indexed for MEDLINE].

Estudos clínicos sobre a sua composição química:

Speisky H, Cassels BK, Nieto S, Valenzuela A, Nunez-Vergara LJ. Unidad de Bioquimica Farmacologica y Lipidos, INTA, Universidad de Chile, Santiago. Determination of boldine in plasma by high-performance liquid chromatography. J Chromatogr. 1993 Feb 26;612(2):315-9. PMID: 8468391 [PubMed-indexed for MEDLINE].

Vilchez JL, Sanchez-Palencia G, Avidad R, Navalon A. Departamento de Quimica Analitica, Universidad de Granada, Spain. Determination of boldine in drug formulations by first-derivative synchronous spectrofluorimetry. J Pharm Biomed Anal. 1994 Mar;12(3):313-7. PMID: 8031930 [PubMed-indexed for MEDLINE].

Quercia V, Bucci B, Iela G, Terracciano M, Pierini N. Determination of boldine by HPLC (high pressure liquid chromatography) in Boldus extracts. Boll Chim Farm. 1978 Sep;117(9):545-8. PMID: 752362 [PubMed-indexed for MEDLINE].

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Sobiczewska M, Borkowski B. Determination of boldine in Folium boldo and in the commercial preparation Boldine Houde. Acta Pol Pharm. 1972;29(3):271-5. PMID: 5082415 [PubMed-indexed for MEDLINE].

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Estudos clínicos sobre a sua toxicidade:

Moreno PR, Vargas VM, Andrade HH, Henriques AT, Henriques JA. Pos-Graduacao em Farmacia-UFRGS, Porto Alegre, RS, Brazil. Genotoxicity of the boldine aporphine alkaloid in prokaryotic and eukaryotic organisms. Mutat Res. 1991 Jun;260(2):145-52. PMID: 2046695 [PubMed-indexed for MEDLINE].

        O alcaloide aporfino boldina, presente em Peumus boldus, amplamente utilizado em todo o mundo, foi examinado pela presença de atividades genotóxicas, mutagénicas e recombinogénicas nos microrganismos. Este alcaloide não apresentou atividade genotóxica com ou sem ativação metabólica no cromoteste SOS e nas tiras de Ames teste TA100, TA98 e TA102. Não foi capaz de induzir mutações em células haplóides de Saccharomyces cerevisiae. No entanto, eventos como a transformação de genes e a reprodução cruzada foram fracamente induzidos por este alcaloide em células de levedura diploides. Além disso, a boldina foi capaz de induzir, fracamente, uma pequena mutação citoplasmática nas células haplóides de levedura.

Almeida ER, Melo AM, Xavier H. Laboratorio de Farmacologia do Departamento de Antibioticos, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, CEP 50670-901, Brazil. Toxicological evaluation of the hydro-alcohol extract of the dry leaves of Peumus boldus and boldine in rats. Phytother Res. 2000 Mar;14(2):99-102. PMID: 10685105 [PubMed-indexed for MEDLINE].

        O extrato hidroalcoólico das folhas secas de Peumus boldus e boldina, mostraramn uma ação abortiva e teratogénica e alterações nos níveis de bilirrubina no sangue, colesterol, glicose, aminotransferasa alanina (ALT), aminotransferasa aspartato (AST) e ureia em ratos. A administração, durante um longo período de tempo, do extracto e a boldina, não causou modificação histológica durante um período de 90 dias.

Tavares DC, Takahashi CS. Dep. Genetica, Fac. Med. Ribeirao Preto-USP, Brazil. Evaluation of the genotoxic potential of the alkaloid boldine in mammalian cell systems in vitro and in vivo. Mutat Res. 1994 May;321(3):139-45. PMID: 7513064 [PubMed-indexed for MEDLINE].

        Boldina é um alcaloide presente em Peumus boldus (popularmente chamado Boldo do Chile no Brasil) que tem propriedades curativas e é usado para o tratamento de proelmas gastrointestinais. O possível efeito clastogénico do fármaco foi examinado in vitro em linfócitos sanguíneos periféricos humanos, através da avaliação da indução de aberrações cromossómicas e trocas cromatóides irmãs (SCEs). Culturas de indivíduos diferentes foram tratadas com boldina, em concentrações de 10, 20 e 40 microgramas/ml de meio de cultura. O efeito do alcaloide também foi examinado num ensaio in vivo, usando células da medula óssea do rato BALB/c. A boldina foi administrada aos animais por sonda, nas concentrações de 225, 450 e 900mg/kg de peso corporal. Nas condições utilizadas, a boldina não provocou um aumento estatisticamente significativo na frequência de aberrações dos cromossomas ou SCEs, em nenhum deles, a Boldina é um alcaloide presente em Peumus boldus (popularmente chamado Boldo do Chile no Brasil) que tem propriedades curativas e é usado para o tratamento de distúrbios gastrointestinais. O possível efeito clastogénico do fármaco foi examinado in vitro em linfócitos sanguíneos periféricos humanos, através da avaliação da indução de aberrações cromossómicas e trocas cromatóides irmãs (ESC). Culturas de indivíduos diferentes foram tratadas com boldina em concentrações de 10, 20 e 40 microgramas/ml de meio de cultura. O efeito do alcaloide também foi examinado num ensaio in vivo, usando células da medula óssea do rato BALB/c. A boldina foi administrada aos animais por sonda com concentrações de 225, 450 e 900mg/kg de peso corporal. Nas condições utilizadas, a boldina não provocou um aumento estatisticamente significativo na frequência das aberrações cromossomas ou SCEs, em nenhum dos sistemas de ensaio.

Henriques JA, Moreno PR, Von Poser GL, Querol CC, Henriques AT. Departamento de Fisiologia, UFRGS, Porto Alegre, RS, Brasil. Genotoxic effect of alkaloids. Mem Inst Oswaldo Cruz. 1991;86 Suppl 2:71-4. PMID: 1842017 [PubMed-indexed for MEDLINE].

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