Contacto


CIPRESTE

Cupressus sempervirens L.

Descrição

Árvore até 30m, coroa estreita, piramidal, com casca cinzenta-avermelhada. Folhas persistentes, verde-escuras, triangular-obtusas, esquamiformes, 0,5 a 1mm de comprimento, densamente imbricadas, cobrindo os ramos. O cipreste tem flores masculinas e femininas, mas na mesma árvore; os machos formam pequenos gatilhos ovóides ou um pouco mais prolongados; as femininas são arredondadas e são compostas por várias capas(até 12). Quando estão bem desenvolvidas, formam uma galbula globoasa, poliédrica, de um verde acastanhado, e cada uma delas parece um prego poligonal, finalmente muito endurecidos e lenhosas. As sementes são como achatadas e têm arestas aladas.

 

A madeira pode ser amarela ou avermelhada, com uma veia apertada e tão resinosa que resiste à proliferação.

 

Distribuição e ecologia: Originário da Europa Oriental e Ásia Ocidental, amplamente cultivado como um ornamento.

 

Parte utilizada

As galbulas (cones femininos) maduras; ocasionalmente as folhas e as seus brotos tenros.

 

Principios ativos

*Gálbulas

 

Óleo essencial (0,4%):

                -Monoterpenos: -pineno, -3-careno.

 

                -Sesquiterpenos: -cedrol, -cadineno.

 

                -Sesquiterpenois: cedrol (7%) ou canfora de cipreste.

 

                -Diterpenois labdânicos: manool, sempervirol.

 

- Ácidos diterpénicos: neocuprésicos.

Dimeros flavânicos abundantes: derivados do catecol e epicatecol, proantocianidois do grupo B.

Taninos.

Ácidos glicérico e glicólico.

*Folhas

 

Contêm principalmente flavonoides: amentoflavona e cupresuflavona.

*Brotos tenros

 

Contêm principalmente óleo essencial (0,2%) rico em pineno, cafeína, terpineol e cedrol.

Ação farmacológica

Venotónico, por mecanismo muscular (proantocianidois).

Adstringente-hemostático; antidiarreia (taninos).

Antiespasmódico, antitussico e antisséptico leve das vias respiratórias (óleo essencial "catecol").

Tónico vesical (óleo essencial).

Inibe a elastase pancreática. Esta inibição pode ajudar a proteger o tecido conetivo dos efeitos enzimáticos, das fermentações envolvidas na sua degradação.

Os proantocianidois mostram uma capacidade inibitória, in vitro, da enzima que converte a angiotensina.

Rubefaciente e antisséptico (óleo essencial).

Indicações

Afeções venosas: varizes, hemorroidas, flebite, tromboflebite.

Metrorragia e problemas associados à menopausa.

Diarreia.

Faringite, bronquite, tosse espasmódica.

Enurese.

No uso tópico: feridas, úlceras de varizes (galbulas). Os rebentos jovens são aplicados frescos nas verrugas, para facilitar a sua remoção (óleo essencial). O óleo essencial é usado em inflamações osteoarticulares.

Contraindicações

Hipersensibilidade a este ou outros óleos essenciais.

Gravidez e lactação.

Reações adversas.

Não são conhecidos efeitos secundários.

O óleo essencial é neurotóxico e oxitócico.

Estudos 

Meunier MT,  Villie F, Bastide P.J. “The interaction of Cupressus sempervirens proanthocyanidolic oligomers with elastase and elastins”. J Pharm. Belg. 1994, 49: 453-61. 

Jonadet M, Meunier MT., Villie F et al. “ Catechins and flavanolic oligomers from Cupressus sempervirens. Comparative in vitro elastase inhibitory and in vivo angioprotective activity”. Ann Pharm Fr 1984, 42: 161-7.

Jonadet M., Meunier MT., Villie F., Bastide J et Bastide P. « Catéchines et oligomères flavanoliques de Cupressus sempervirens. Inhibition des activités trypsique et a-chimotrypsique in vitro, et activités angioprotectrices comparées in vivo ». J. Pharmacol., 15, 546-547, 1984.

Meunier MT., Villie F., et al. « Inhibition of angiotensin I converting enzyme by flavanolic compounds : in vitro and in vivo studies ». Planta Med. 53, 12-15, 1987.

Rozembaum H., Lecompte A. « Efficacité du Cyprès dans l´insuffisance fonctionnelle veineuse. Etude contrôlée versus Diosmine ». Bio-ordonnance, 3, 1992.

Bibliografia


Fitoterapia: Vademecum de Prescripción. Plantas Medicinales. Colaboran: Asociación española de médicos naturistas. Colegio Oficial de Farmacéuticos de Vizcaya.

Matière Médicale (tomo I).  RR Paris- H. Moyse. Masson 1981.

J.B. Peris, G. Stübing, B.Vanaclocha. Fitoterapia Aplicada. Colegio Oficial de Farmacéuticos de Valencia 1995.

Jean Bruneton.  Pharmacognosy, Phytochemistry, Medicinal Plants. Lavoisier Publishing.

Pio Font Quer. Plantas Medicinales. El Dioscórides Renovado.

Oleg Polunin Guía de Campo de las Flores de Europa. Ediciones Omega S.A. Barcelona, 1977.

Max Rombi. 100 Plantes Medicinales. Editions Romart 1998.

Farmacognosia. 2ª Edición. Jean Bruneton.

Bulletin officiel Nº 90/22 bis. Ministère des Affaires Sociales et de la Solidarité.  

French Public Health Code.






Produtos relacionados