Descrição
Planta vivaz, da família
das leguminosas (papilionaceae/fabaceae) que pode atingir 0,6-1,2 m de altura.
O caule é lenhoso na base e a planta cresce com um aspeto arbústeo. As suas
folhas dispõem-se de forma alterna. São trifoliadas, com folíolos elípticos,
jovens apresentam consistência sedosa. As inflorescências são compactas,
esféricas, quase sésseis. As flores são brancas, papilionaceas. O fruto é uma
vagem oval e achatada, monosperna.
Planta originária do este
dos Estados Unidos, embora esteja distribuída por toda a América do Norte.
Parte utilizada
O caule com as suas
folhas.
Princípios ativos
Flavonoides (1%): isoorientol
(lespecipatósido) que é o C-glicosídeo do luteolol. Também rotina, vitexina,
lespedina.
Tanino catequico e catecol
(10%).
Pigmentos: O-heterosídeos
de flavonas e flavonois.
Ação farmacológica
Diurético.
Hipouricemiante.
Hipocolesterolemiante.
Indicações
Oligúria: diminui a
resistência vascular a nível renal, aumentando a filtração a nível glomerular.
Hiperuricemia e gota.
Hipercolesterolemia.
Contraindicações
Alergia à própria planta
ou a outras plantas da família das leguminosas.
Gravidez e lactação. O
lepidium não deve ser utilizado durante a gravidez e lactação devido à ausência
de dados que sustentem a sua segurança.
Precauções e Interações com
medicamentos
Não foram descritos.
Efeitos secundários e
toxicidade
Não foram descritos. Trata-se
de uma planta muito bem tolerada, com muito pouca toxicidade.
Estudos
Os estudos atuais
justificariam a sua utilização como diurético na cistite e insuficiência renal
crónica (Yarnell E. 2002)
O efeito sobre a azoturia
parece dever-se a uma enzima, a arginasa hepática, que desempenha um papel
importante na eliminação de substâncias nitrogenadas.
Os extratos da planta
aumentariam a eliminação renal do sódio e da água, com um efeito inibidor da
enzima que converte a angiotensina (Elbl, G. 1991; Wagner, H. & Elbl, G.
1992).
Em estudos em ratos, aos
quais foram administrados extratos vegetais por via oral, demonstrou-se o seu
efeito diurético e azoturico, produzindo uma diminuição significativa dos
níveis de ureia no sangue. Isto deve-se aos flavonoides (Lambev I, 1984).