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CARVALHO

Quercus robur L

Descrição

Árvore grande, de até 45 m, de tronco robusto, com a casca castanha-acinzentada e profundamente fissurada, com ramos grandes e estendidos. Folhas caducas, de 5-12 cm, ovais, com 5-7 pares de lóbulos arredondados e pronunciados, com aurículas na base (de modo que parece um coração), glabras por ambas as superfícies na maturidade. Flores femininas inseridas na axila das folhas. Frutos em grupos de 1-5 longamente pedunculosos; cúpula com escamas pubérulas, ovais, adpresas e imbricadas.

É originário da Europa. Encontra-se isolado ou em bosques mistos, particularmente sobre solos compactos.

Parte utilizada

Casca de ramos jovens.

Princípios ativos

  • Taninos. A casca de carvalho contém abundantes taninos, tanto condensados (proantocianidinas) como hidrolisáveis, principalmente galotaninos (castalagina, vescalaina, roburina E e grandinina)
  • Glicosídeo amargo: quercitrósido.
  • Outros componentes: sitosterol, resinas, pectinas, floroglucina.

Ação farmacológica

  • Adstringente (taninos).
  • Antidiarréico (taninos).
  • Hemostático (taninos).
  • Anti-inflamatório de ação local (taninos).
  • Antibacteriano (taninos).
  • Diurético, antilitiásico.
  • Os extractos de carvalho demonstraram atividade antiviral.

Indicações

* Uso interno:

  • Diarreia.
  • Cistite, litíase urinária, enurese noturna.
  • Metrorragias.

* Uso externo:

  • Afeções cutâneas, excepto em caso de lesões estendidas: eczemas húmidos, frieiras, sudoração excessiva dos pés.
  • Sobre mucosas em caso de inflamação moderada: conjuntivite, faringite, vaginite.
  • Hemorróidas.

Contraindicações

  • Hipersensibilidade a algum dos seus componentes.
  • Gravidez. O carvalho não deve ser utilizado durante a gravidez devido à ausência de dados que avaliem a sua segurança.
  • Lactação. O carvalho não deve ser utilizado durante a lactação devido à ausência de dados que avaliem a sua segurança.

Precauções e Interações com medicamentos

A absorção de alcaloides e outras substâncias de natureza básica, pode ser inibida ou diminuída por preparados de carvalho.

Efeitos secundários e toxicidade

Não foram descritos.

Estudos

- Mandana A., Gausa P. “Efectos terapéuticos del extracto de quercus en la urolitiasis”. Arch. Esp. Urol. 33,2:205-26, 1980 Mar-Apr.

Bibliografia

- Herbal Drugs and Phytopharmaceuticals. Norman Grainger Bisset (Ed). Max Wichtl. CRC Press.1994.

- Plantas Medicinales y Drogas Vegetales para infusión y tisana. Edición española a cargo de: Salvador Cañogueral, Roser Vila, Max Wichtl.1998.

- Plantas Medicinales.  Thérapeutique-Toxicité. Christiane Vigneau.  Masson,  Paris 1985.

- Matière Médicale. RR Paris- H. Moyse. Masson 1981.

- Fitoterapia: Vademecum de Prescripción. Plantas Medicinales. B. Vanaclocha y S. Cañigueral. Editorial Masson, 4ª edición.

- Guía de Campo de las Flores de Europa. Oleg Polunin. Ediciones Omega S.A. Barcelona, 1977.

- The Complete German Commission E Monographs. Therapeutic Guide To Herbal Medicines. Mark Blumenthal. American Botanical Council 1998.

- Fitoterapia Aplicada. J.B. Peris, G. Stübing, B.Vanaclocha. Colegio Oficial de Farmacéuticos de Valencia 1995.

- British Herbal Pharmacopoeia, 1983.

- Plantas Medicinales. El Dioscórides Renovado. Pio Font Quer.

- Farmacognosia. J. Bruneton. Editorial Acribia SA, 2ª edición.

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