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VALERIANA

Valeriana officinalis L

Descrição

Planta herbácea, perene, perene, de 30 a 130 cm de altura consoante a subespécie ou variedade. Possui um rizoma curto e maciço com raízes fibrosas branco-amareladas e alguns estolhos subterrâneos com vários nós e entrenós. O rizoma, de cor cinzento-amarelado a cinzento-acastanhado-claro, tem uma forma obcónica a cilíndrica, até 50 mm de comprimento e 30 mm de diâmetro; a base é alongada ou comprimida, com numerosas raízes que a cobrem completamente; o ápice apresenta geralmente uma cicatriz côncava, proveniente das partes aéreas; só raramente as bases dos caules se mostram. Em secção longitudinal, a medula apresenta uma cavidade central com divisões transversais. As raízes são numerosas, quase cilíndricas, da mesma cor do rizoma, com 1 mm a 3 mm de diâmetro, e por vezes com mais de 100 mm de comprimento. Existem poucas raízes secundárias, filiformes e frágeis. A fratura é curta. Os estolhos têm nós proeminentes separados por entrenós estriados longitudinalmente, cada um com 20 mm a 50 mm de comprimento, com fratura fibrosa. Caules anuais, erectos, estriados e fistulosos; ocos com pêlos abundantes, especialmente nos nós. Folhas pinadas opostas, pecioladas, pilosas na face inferior, com 5-12 cm de comprimento, com 13-21 segmentos lanceolados, dispostos em roseta na base e opostos no caule. Os segmentos inferiores são peciolados e os superiores são sésseis. As flores são brancas ou rosadas, reunidas numa inflorescência em corimbos, dispostas em roseta na base e opostas no caule. 

O género Valeriana é representado por cerca de 200 espécies, amplamente distribuídas nas regiões temperadas, subtropicais e tropicais do mundo. A Valeriana officinalis L., bem como outras espécies relacionadas, são nativas e cultivadas em muitos países da Europa e da Ásia, mas também são aclimatadas no noroeste da América. A V. officinalis é cultivada em grandes áreas na Rússia, Ucrânia, Polónia, Bulgária, Roménia, Hungria, Bélgica, França, Inglaterra e, em menor escala, na Alemanha. A Valeriana wallichii e a V. fauries são cultivadas na Índia, no Japão e noutros países. Existem outras espécies que são utilizadas como ervas medicinais, embora não existam cultivos comerciais de importância, tais como: V. arborea, otiginaria da Colômbia, V. edulis, da América do Norte, V. carnosa Smith, da região andina do Chile e da Argentina, popularmente conhecida como Ñancú lahuén ou Yerba del aguilucho blanco.

É uma planta perene que cresce facilmente na Europa, na América do Norte e no norte da Ásia. A valeriana pode ser encontrada em estado selvagem nas florestas húmidas de montanha, nos prados pantanosos e nas margens dos rios, desde os níveis mais baixos até uma altitude de 2000 m, de preferência no norte da Península Ibérica e nos sistemas montanhosos centrais. É também cultivada intensivamente no campo pelas suas excelentes propriedades medicinais. Encontra-se por vezes em solos secos e áridos e, do ponto de vista terapêutico, o que é colhido em solos secos e áridos é mais rico em princípios activos. Pertence à família das Valerianáceas.

A floração ocorre na primavera ou no verão, consoante as condições climáticas. Para fins medicinais, o rizoma é colhido com as raízes no outono, no caso das plantas do ano e das zonas mais frias ou montanhosas, e na primavera, no caso das plantas mais velhas e das zonas mais quentes. É aconselhável utilizar apenas os espécimes com, pelo menos, dois anos de idade e arrancar a planta antes da floração, pois quando esta chega, os sucos nutritivos do rizoma e da raiz são mobilizados para os botões. Ao secar, a raiz liberta um aroma desagradável e caraterístico.

Outros nomes: Valeriana sambucifolia Mikan, Valeriana wallichii D.C., Valeriana exaltata Mikan, Valeriana collina Wal, Valeriana procurrens Wal. Também conhecida por: valeriana oficinal, catnip (porque o seu cheiro desagradável atrai fortemente os gatos e estes comem-na quando se sentem mal), valeriana minor, valreana, brizos, valeriana perfumada, herba bendita, mazatanes, raiz de gato, raiz de urso, ukare, garden valerian, Indian valerian, Mexican valerian, tagara, catnip, vetiver, guasilla, heliotrope, harrier herb.

O seu nome deriva da raiz latina “valere”, que significa estar bem. Existem numerosas espécies relacionadas que têm sido utilizadas pelos herboristas ao longo da história, mas o tipo e a quantidade dos seus ingredientes activos variam, razão pela qual a Valeriana officinalis é atualmente utilizada.

A valeriana é uma erva cuja utilização terapêutica se perde no tempo; há testemunhos de que, nos séculos IV e V a.C., já era utilizada como remédio para os males femininos, Plínio também fala dela e, na Antiguidade grega, foi descrita como tratamento para a insónia por Galeno (131-201 a.C.). Fabius Colonna também falou desta planta no seu “Phytobasanos”, em 1592, e foi também utilizada até ao século XVI para tratar problemas digestivos (como flatulência e náuseas) e alegadamente para curar a epilepsia. Segundo Marchant, nas “Mémoires de l'Académie des Sciences” de Paris (1706), ele afirma que a raiz em pó da valeriana selvagem é especificamente excelente contra a epilepsia, e que não só viu vários epilépticos que foram curados com o pó desta raiz, mas que ele próprio, tendo sofrido de epilepsia, foi curado com este remédio. No século XVIII, era utilizada pelos ervanários para vários distúrbios nervosos. Durante o século XIX, foi especialmente popular no tratamento de afrontamentos femininos, histeria e ataques de pânico. Ancestralmente, a erva era utilizada em feitiços e encantamentos de amor, para acalmar discussões entre amantes e em banhos de purificação.

Parte utilizada

Raiz, rizoma e estolhos.

A planta inteira contém pelo menos 5 ml/kg de óleo essencial e a planta cortada pelo menos 3 ml/kg de óleo essencial, ambos calculados com base na planta seca, e pelo menos 0,17% de ácidos sesquiterpénicos, expressos em ácido valerénico (C15H22O2; Mr 234), calculados com base na planta seca. Ao secar, a raiz apresenta um aroma desagradável caraterístico.

Principios activos

  • Óleo essencial (0,5-1%). A planta contém 0,3-0,7% de óleo essencial (não menos de 0,5% para a planta inteira e não menos de 0,3% para a planta cortada, em comparação com a planta seca, de acordo com a Real Farmacopeia Espanhola 1), cuja composição varia muito em função da fonte. Os principais constituintes são geralmente o acetato de bornilo e a valeranona, mas também contém
  • Ésteres terpénicos: isovalerianato, acetato e formiato de bornilo, isovalerianato de eugenilo e isoeugenilo, ácido isovaleriano, isovalerato de bornilo, valerianato de isoeugenilo, etc.
  • Monoterpenos: canfeno, alfa e beta-pineno, fenchona, limoneno, etc.
  • Monoterpenóis: borneol, geraniol, etc.
  • Sesquiterpenos: beta-bisabolol, beta-cariofileno, azuleno, valeranona, valerenal, valerianol, ácido valerénico, ácido valerénico, valerénico (0,1-0,9), 2-hidroxivalerénico, 2-acetoxivalerénico, isovalerénico, ácido (-)-3 β,4 β-epoxivalerénico, ácido hexadecanóico.
  • Álcoois sesquiterpénicos: valenol, mirtenol.
  • Derivados do cesano: álcoois cesílicos e seus ésteres.

Ação farmacológica

  • Sedativo e tranquilizante (sinergismo entre os valepotriatos e o óleo essencial). Nos últimos trinta anos, as opiniões sobre os constituintes ou grupos de constituintes que são efetivamente responsáveis pelas propriedades sedativas e espasmolíticas da raiz de valeriana (e da sua tintura) têm variado. Com a descoberta dos valepotriatos por Thies, considerou-se que os princípios activos tinham sido identificados, mas o facto de estes valepotriatos, devido à sua instabilidade, não estarem presentes nas preparações tradicionalmente activas, como as tinturas ou as infusões, chamou a atenção para outros grupos de compostos, como os chamados baldrinais (produtos de decomposição dos valepotriatos por ação da acidez gástrica) e, sobretudo, para os componentes do óleo essencial, como o valerenal e, em particular, o ácido valerénico, que contribuem para a atividade do medicamento e das suas preparações. Por este motivo, atualmente, as farmacopeias exigem frequentemente um teor mínimo de óleo essencial.
  • Testes in vitro mostraram que o ácido valerénico e os valepotriatos diminuem a degradação do ácido gama-aminobutírico (GABA), aumentam a sua libertação nos espaços sinápticos e diminuem a sua recaptação. Este efeito sedativo está ligado à inibição do catabolismo do ácido gama-aminobutírico (GABA), que é um importante mediador inibitório no sistema nervoso central. Além disso, foram detectadas grandes quantidades de glutamina no extrato de valeriana, que é absorvida pelos neurónios e convertida em ácido gama-aminobutírico.
  • Existem agora razões bem fundamentadas para acreditar que a ação sedativa das preparações sem valepotriatos, por exemplo infusão ou tintura, deve ser atribuída ao sinergismo entre os vários componentes e produtos de degradação acima mencionados. Assim, a administração i.p. do extrato etanólico desprovido de valepropiatos não modifica a motilidade, a nocicepção ou a temperatura corporal, mas opõe-se, tal como o ácido valerénico [12,5 mg/kg, i.p.], às convulsões induzidas pela picrotoxina (mas não pelo harman); prolonga o sono induzido pelo tiopental. Este prolongamento do sono poderia dever-se a uma interação dos constituintes do extrato ao nível dos receptores GABA e das benzodiazepinas.
  • A distinção feita até há pouco tempo por alguns autores entre as indicações das preparações de raiz de valeriana sem valepotriatos e as preparações à base de valepotriatos purificados é agora considerada obsoleta, e todas são atualmente consideradas sedativas. Embora os valepotriatos sejam responsabilizados pelas acções sedativas da valeriana, devem existir outros ingredientes activos responsáveis, uma vez que os valepotriatos se decompõem muito facilmente. Além disso, as variedades de valeriana que não possuem valepotriatos também demonstraram ter efeitos sedativos. Os efeitos podem também ser devidos ao ácido valeriânico ou aos próprios baldrins, que ainda apresentam alguma atividade hipnótica.
  • Ligeiramente hipnótico (valepotriatos, óleo essencial). Testes in vivo em animais e no homem mostraram que o extrato de valeriana reduz o tempo de indução do sono, a frequência dos despertares e a atividade motora nocturna, melhorando assim a qualidade do sono.
  • Estudos recentes em animais mostraram que a administração do fármaco induz uma diminuição da atividade cerebral, que pode estar relacionada com uma atenuação da transmissão colinérgica, um efeito que pode estar relacionado com uma atividade agonista nos receptores A1 da adenosina. A adenosina é um dos mediadores cerebrais envolvidos na indução do sono através da ativação dos receptores A1 e A2A. A ativação dos receptores A1 por este mediador está associada a efeitos sedativos, anticonvulsivos, analgésicos, antidiuréticos, inotrópicos negativos e antiarrítmicos.
  • Hipotensão ligeira (valepotriatos, óleo essencial).
  • Sedativo cardíaco (sinergismo entre os valepotriatos e o óleo essencial).
  • Espasmolítico (alcalóides, óleo essencial). A valeriana provoca o relaxamento do músculo liso. O ácido valerénico, por exemplo, tem uma ação espasmolítica e relaxante muscular.
  • Estudos demonstraram que o extrato de valeriana é espasmolítico no íleo de coelho. A mistura de valepotriatos é mais ativa do que a papaverina no íleo de cobaia estimulado por histamina (H. Wagner, K. Jurcic. On the spasmolytic activity of Valeriana extracts. Planta Med., 37, 84-95, 1979). A valerianona e o diidrovaltrato relaxam o íleo estimulado por K+ e inibem (a 10-5-10-4 M) os espasmos induzidos por BaCl2: a ação é musculotrópica (B. Hazelhoff, TM. Malingre, DKF Meijer. Antispasmodic effects of Valeriana compounds: an in vivo and in vitro study on the Guinea Pig ileum. Arch. int. Pharmacodyn., 257, 274-287, 1982).
  • Ansiolítica. Mediante estudios de unión a receptores benzodiacepínicos se puso de manifiesto la presencia de componentes activos sedantes. Se observó que el hidroxipinorresinol es capaz de fijarse al receptor benzodiacepínico.
  • Hipotermizante (aceite esencial).
  • Relajante muscular (sinergismo entre el aceite esencial y los valepotriatos).
  • Propiedades citotóxicas (valeprotiatos), inhibiendo la síntesis proteica y del ADN. Los valepotriatos que contiene han demostrado actividad fitotóxica en algunos tipos de tumores, pero actúan únicamente en contacto directo con el tejido tumoral.
  • En Alemania, donde se usan los valepotriatos puros, se les reconoce un efecto psicoestimulante y timoléptico (modificador del humor depresivo), propiedad atribuida a los ésteres diénicos. Se ha observado que los diferentes componentes de la valeriana pueden actuar como agonistas, agonistas parciales o incluso como antagonistas de los receptores de adenosina dependiendo de su polaridad. Así el isovaltrato parece comportarse como antagonista de receptores A1 por lo que podría actuar como estimulante del sistema nervioso central por bloqueo de la activación tónica de dichos receptores en el cerebro, mientras que los compuestos más polares actuarían como agonistas y por ello con actividad sedante.
  • También utilizan la valeriana a veces para tratar el Síndrome de Atención Deficitaria en los niños. Los estudios alemanes de los años 1960 reportaron que la valeriana podría antagonizar los efectos hipnóticos del alcohol, mejorando la concentración y coordinación. La valeriana está reconocida en la lista de la FDA (Food and drug Administration) y su uso está aprobado como suplemento alimenticio.
  • Anticonvulsiva (ésteres iridioides). Tomada de forma regular ayuda a prevenir la aparición de ataques epilépticos y puede contribuir a disminuir las dosis de los antiepilépticos.
  • Algunos autores también consideran que presenta una acción diurética ligera.
  • Varios estudios señalan que la hierba posee ciertos efectos antitumores similares a los de la mostaza nitrogenada.
Mecanismo de acción

El principio activo de los extractos de Valeriana officinalis no está del todo esclarecido y se sugiere que la actividad sedante sea el resultado de las acciones acumulativas de todos los constituyentes identificados en el rizoma. Se ha demostrado que V. officinalis y las benzodiazepinas tienen actividad similar, con capacidad de ligamen a los receptores GABAA pudiendo aumentar la liberación del neurotransmisor GABA en el cerebro. En estudios in vitro se ha observado que no obstante que los compuestos activos de Valeriana pueden desplazar a las benzodiazepinas de su sitio de unión, su afinidad por los receptores GABAA, es muy débil comparada con las clásicas benzodiazepinas.

Interacciones entre GABA(A) y extractos de Valeriana officinalis. Según D. José G. Ortiz. Departamento de Farmacología y Toxicología. Escuela de Medicina. Universidad de Puerto Rico. En estudios realizados observó que los extractos de Valeriana officinalis son usados por sus alegadas propiedades ansiolíticas e hiponóticas. Estos efectos se pueden deber a una potenciación de la neurotranmisión inhibitoria (GABA) o a una disminución de la transmisión excitadora (glutamato). Concentraciones crecientes de Valeriana desplazan el enlazamiento de [3H]-Flunitrazepam, a membranas sinápticas de corteza (rata) indicando la interacción con GABA(A). Se ha observado recientemente que bajas concentraciones de extractos de Valeriana aumentan el ligamen de [3H]flunitrazepam (EC50 4.13x10-10 mg/mL). No obstante ocurre lo contrario en concentraciones mayores (IC50 of 4.82x10-1mg/mL). Estos resultados son consistentes con la presencia de al menos dos diferentes actividades biológicas interactuando con los sitios de [3H]flunitrazepam. No se descarta tampoco una acción sobre la neurona gabaérgica presináptica. Experimentos de saturación indican que los extractos de Valeriana actúan como agonistas parciales de receptores GABA(A). De otra parte, los extractos de Valeriana no tienen mucho efecto en el enlazamiento de [3H]-MK-801, un ligando de los receptores NMDA. Nuestros resultados sugieren que aquellos extractos de Valeriana que poseen actividad ansiolítica poseen activos que interactúan con receptores GABA(A).

Las neuronas de la Sustancia Activadora Reticular Ascendente (SARA) del tronco cerebral, forman parte del Sistema Nervioso Simpático y son las encargadas de mantener el estado de vigilia. Algunos estudios sugieren que el mecanismo de acción de la Valeriana officinalis se basa en la inhibición de estas neuronas, a través de un aumento en la liberación y transporte de un aminoácido inhibitorio: el Acido Gama-Amino-Butírico (GABA). Es posible que también produzca modificaciones en los receptores cerebrales de este neurotransmisor. Numerosos estudios han publicado observaciones clínicas de este efecto sobre humanos de todas las edades, que han sido fundamentados sobre estudios en animales. En uno de los mejores estudios realizados hasta la fecha, los investigadores, utilizando una preparación con cerebro de rata, lograron demostrar cambios electroencefalográficos definidos: acción sedativa significativa, registrada como una reducción en las ondas cerebrales del despertar y un aumento en las ondas cerebrales correspondientes a la relajación y sueño.

Respecto del ácido valerénico se ha reportado que inhibe el sistema enzimático GABA-transaminasa y semialdehído deshidrogenasa succínica que metaboliza al GABA. El resultado de esta inhibición es un aumento de los niveles de GABA, asociado a una disminución de la actividad del sitema nervioso central o de sedación. Vale recordar que este ácido sólo se encuentra en la especie V. officinalis.

Este último efecto nos hace recordar parte de los mecanismos de acción del ácido valproico, pero la actividad anticonvulsivante atribuída al extracto de V. officinalis es muy limitada para poseer significado clínico. Respecto de otras acciones, hay evidencia que sustenta la actividad vasodilatadora y relajante de V. officinalis sobre la musculatura lisa.

Las raíces de V. officinalis contienen un aceite volátil que consiste de borilisovalerenato y los sesquiterpenos ácido valerénico y sus derivados. Los constituyentes adicionales incluyen al menos seis valepotriatos, que han sido identificados y clasificados químicamente. Los valepotriatos, incluyendo valtrato, isovaltrato, dihidrovaltrato y acevaltrato, poseen una estructura epóxica y se les atribuye la mayor actividad sedante.

Bajo circunstancias adecuadas los rizomas (raíces) de V. officinalis se cultivan para obtener aproximadamente 0,9% de aceites esenciales y 0,5% de ácido valerénico y derivados, una vez procesados y secos (estandarización). Se han identificado muchos otros constituyentes de V. officinalis, incluyendo alcaloides y ácidos aromáticos, pero es incierto su rol en las propiedades farmacólogicas de V. officinalis.

No obstante la gran cantidad de estudios farmacológicos realizados, aún no es posible lograr una conclusión definitiva respecto de todos los constituyentes responsables del mecanismo de acción de este fitomedicamento.

Farmacocinética

El principio de la acción de la valeriana aparece a los 30 minutos; los efectos se desvanecen a las cuatro horas. Sin embargo, otros estudios muestran beneficios acumulativos de tomar la dosis estandarizada.

Luego de una administración oral de extractos de valeriana en ratones, los valepotriatos, (valtrato e isovaltrato) han demostrado poseer una pobre absorción gastrointestinal. Solo un 2% es degradado a baldrinal, en contraste el producto de degradación, homobaldrinal presenta un mejor indice de absorción tras su suministro oral en ratones. Aproximadamente un 71% de la dosis administrada es obtenida en orina en forma de baldrinal-glucorónido. El dihidrovaltrato administrado en ratones en forma oral, intraduodenal o intravenosa, es absorbido en intestino sin sufrir modificaciones. Posteriormente en gran parte es convertido en un producto de degradación polimérico.

  • Las aplicaciones orales parecen ser absolutamente seguras ya que los valepotriatos se degradan rápidamente en compuestos no tóxicos celulares, o se encuentra valepotriatos no cambiados en el cuerpo en concentraciones para las cuales no se encontraron efectos negativos, aún en tejidos altamente sensibles como las células troncales de medula.
  • En el caso de la aplicación intraperitoneal, los valepotriatos rápidamente llegan al hígado donde se detectan efectos de toxicidad celular, mientras que por la misma vía de aplicación no se encuentran efectos en las células troncales de medula, lo que indica una desintoxicación rápida del organismo.
Si persiste un escepticismo, debe de considerarse que los valepotriatos representan un grupo de sustancias extremadamente inestables.

Indicaciones

  • Alteraciones del Sistema Nervioso: neurosis y neurastenia, ansiedad, nerviosismo, estrés, crisis de histeria, depresión nerviosa, ataques de pánico, hipocondria, migrañas o cefaleas tensionales, agotamiento intelectual, delirium tremens, vértigo, etc.
  • Trastornos del sueño: insomnio crónico, dificultad ocasional para dormirse. Cuando se prescriba para combatir el insomnio, es recomendable administrar una dosis a media tarde y, si fuera necesario otra una o dos horas antes de irse a dormir. Si se toma inmediatamente antes de acostarse produce con relativa frecuencia reacciones paradójicas: gran inquietud durante el sueño (Peris 1995).
  • Trastornos cardíacos están ocasionados por alteraciones nerviosas: taquicardias, extrasístoles, arritmias, hipertensión arterial.
  • Dismenorreas, síndrome doloroso premenstrual.
  • Asma, bronquitis, tos nerviosa.
  • Cólicos abdominales.
  • Manifestaciones somáticas del exceso del tono neurovegetativo (distonias neurovegetativas): palpitaciones, colon irritable, espasmos intestinales, faríngeos y esofágicos, gastritis nerviosa, etc.
  • Coadyuvante en tratamiento de convulsiones infantiles y epilepsia (tratamiento dirigido por el médico especialista).
  • Dolores reumáticos, neuralgias, contusiones, mialgias, contracturas musculares, etc.
  • Moderador del apetito.
  • Ocasionalmente ha formado parte de los programas utilizados para controlar adicciones a antidepresivos o benzodiacepinas.
  • Cuando se administre extracto de Valeriana officinalis conjuntamente a fármacos sedantes, la dosis recomendada se debería reducir de un 50% a 75%.

Contraindicaciones

  • Hipersensibilidad a algunos de sus componentes.
  • Embarazo. Se recomienda evitar su uso en embarazadas por existir dudas acerca de su posible poder teratogénico (poder para provocar malformaciones fetales). La valeriana no debe usarse durante el embarazo debido a la ausencia de datos que avalen su seguridad. se han realizado estudios sobre varias especies de animales, utilizando dosis varias veces superiores a las humanas, sin que se hayan registrado efectos embriotóxicos o teratógenos; sin embargo, no se han realizado ensayos clínicos en seres humanos, por lo que el uso de la valeriana sólo se acepta en caso de ausencia de alternativas terapéuticas más seguras.
  • Lactancia. La valeriana no debe usarse durante la lactancia debido a la ausencia de datos que avalen su seguridad. Se ignora si los componentes de la valeriana son excretados en cantidades significativas con la leche materna, y si ello pudiese afectar al niño. Se recomienda suspender la lactancia materna o evitar la administración de la valeriana.
  • Debido a que no existe experiencia clínica disponible, no se recomienda el uso en niños menores de 3 años.
  • Los valeopotriatos, inhibidores de la síntesis de ácidos nucleicos, son nucleófilos fuertemente citotóxicos (células de hepatomas), mutágenos y genotóxicos. Los baldrinales son también citotóxicos. Hasta el momento, estos efectos sólo han sido observados in vitro: el riesgo en el hombre, incluso en tratamientos prolongados, es sin duda despreciable. A pesar de todo, este riesgo está por evaluar. (Farmacognosia 2ª Edición. Jean Bruneton).

Precauciones 

  • Se recomienda que las personas que conduzcan u operen maquinaria que requiera un estado de alerta mental, evalúen previamente el modo en que la dosificación administrada afecta su actividad durante el día, ya que los reflejos normales se pueden ver disminuidos temporalmente. Los pacientes deberán evitar manejar maquinaria peligrosa, incluyendo automóviles, hasta que tengan la certeza razonable de que el tratamiento farmacológico no les afecta de forma adversa.
  • Debido a que V. officinalis actúa en el sistema nervioso central, los pacientes con desórdenes convulsivos, problemas neurológicos o trastornos psiquiátricos, deberían utilizar V. officinalis previa consulta a su médico.
  • Como no se conoce con precisión su vía de eliminación, V. officinalis se debe administrar con precaución en pacientes con fallo renal y, particularmente, con fallo hepático.
  • V. officinalis podría tener efectos cardiovasculares; los enfermos cardíacos deben tener precaución en su uso. Debido a los posibles efectos cardiovasculares y a su demostrada acción sedante central, se debe suspender gradualmente su uso 3 a 4 semanas antes de una intervención quirúrgica y/o procedimiento de anestesia general.
  • Usar la planta solo durante periodos cortos de tratamiento. No se ha evaluado su uso en tratamientos continuos mayores de 3 meses. Consultar con un profesional de la salud si desea usar valeriana por tiempo prolongado. Las personas que ingieran la planta por mucho tiempo pueden presentar síntomas de deshabituación al dejar de consumirla. Hay algunos autores que consideran que la valeriana no deja sedación residual por la mañana ni produce adicción o dependencia (Schmitz M y Jackel M.1998).
  • No se recomienda el uso de la valeriana durante un periodo prolongado de tiempo debido a que algunos autores creen que puede producir hepatotoxicidad. Se administrará con precaución en pacientes con antecedentes de enfermedades hepáticas.
  • Dado que puede promover la diuresis, puede no ser una ayuda adecuada para aquellas personas que deban levantarse frecuentemente para orinar durante la noche.
  • Se recomienda que no debe mezclarse con alcohol ni con drogas supresoras.

Interacciones medicamentosas

  • Potencia los efectos de algunos inductores del sueño como los barbitúricos y benzodiazepinas con lo que se desaconseja su coadministración. Debido a la posibilidad que la valeriana afecte los receptores GABA en forma similar a las benzodiacepinas, se deberá advertir a los pacientes para que no la combinen con este tipo de fármacos, incluyendo Lorazepam y Diazepam.
  • También puede potenciar el efecto sedante de los antihistamínicos H1 y del alcohol.
  • Al actuar a través de los receptores GABA en el cerebro, puede potenciar los efectos de anestésicos que actúen a ese nivel, pudiendo causar una interacción (Yuan, CS. y cols, 2004), por lo que se recomienda abandonar su toma antes de la cirugía.
  • Puede aumentar los efectos depresores del baclofen sobre el SNC. El baclofen es un relajante muscular. Se trata de un derivado del neurotransmisor inhibidor ácido gamma-aminobutírico (GABA). Los pacientes que consuman estas plantas deberán ser vigilados cuando se instaure un tratamiento con baclofen.

Efectos secundarios 

No se han descrito reacciones adversas a las dosis terapéuticas recomendadas. A dosis elevadas, en tratamientos crónicos o en individuos especialmente sensibles pueden aparecer reacciones:

  • Digestivas. Náuseas, diarreas, dispepsia, gastralgia, gastritis o úlcera péptica en raras ocasiones.
  • Cardiovasculares. Muy raramente pueden producirse arritmias cardiacas, taquicardia sinusal.
  • Neurológicas/psicológicas. Con el uso continuado aparecen ocasionalmente cefaleas, vértigo, nerviosismo, sedación prolongada o somnolencia, confusión, alucinaciones. Se han descrito también reacciones paradójicas, que incluyen estimulación del sistema nervioso central, agitación o insomnio.
  • Oculares. Tras su uso continuado, ocurren ocasionalmente fenómenos de midriasis.
  • Osteomusculares. En raras ocasiones puede producirse miastenia.
Además, según la base de datos FEDRA del Sistema Español de Farmacovigilancia otras posibles reacciones adversas son:

  • - Alérgicas/dermatológicas: aumento de la sudoración, prurito.
  • Generales: astenia.
Olor nauseabundo producido por su contenido en ácido isovaleriánico.

Toxicidad

La toxicidad es muy débil: DL50 del extracto (ratón, i.p.): 360-400 mg/kg; la DL50 per os de los triésteres es superior a 4,6 g/kg. La citotoxicidad no parece observable más que cuando hay un contacto directo entre los valepotriatos y los tejidos. En ciertas condiciones, se observa la mutagénesis de los iridoides. (von der Hude W, Scheutwinkel-Reich M, Braun R. Bacterial mutagenicity of the tranquilizing constituents of Valerianaceae roots. Mutation Res. (169), 23-27, 1986). También tiene importancia la actividad del baldrinal (Braun R, Dieckmann H, Machut M, Echarti C, Maurer HR. The effect of baldrinal on hematoipoetic cells in vitro, on the metabolic activity of the liver in vivo and on its analysis in proprietary drugs. Planta Med., 52, 446-450, 1986).

La dosis letal de valeriana en perro y gatos es tan elevada, que no ha podido ser determinada ya que no se logra administrar tanta sustancia.

Se ha descrito un caso de síntomas benignos (fatiga, calambre abdominal, tensión en el pecho, mareo ligero, temblor de manos y midriasis) tras la ingestión de unos 20 g de raíz de valeriana que desaparecieron a las 24 horas.

Estudios de laboratorio mostraron que algunos componentes de la valeriana, especialmente valepotriatos, pueden dañar las células y el material genético. No deben usarse extractos en base a la valeriana mexicana (Valeriana edulis) o valeriana de la India (Valeriana indica), por el posible riesgo citotóxico, debido a su elevado contenido en valepotriatos y baldrinal.

Se ha evidenciado que los valepotriatos, que se encuentran en la raíz de valeriana, poseen efectos mutagénicos y citotóxicos, especialmente el valtrato y el dihidrovaltrato, los cuales reaccionan con el grupo tiol de las proteínas e inducen cambios ultraestructurales en las células tumorales, inhiben la síntesis proteica y del ácido nucleico ADN. No está claro si estos efectos son clínicamente importantes. Sin embargo, hay datos recientes sobre la rápida inactivación de los valepotriatos en los preparados hídricos y cuando se administran por vía oral, por lo que las preparaciones de valeriana continúan siendo recomendadas en el tratamiento de los trastornos neuro-vegetativos y en los del sueño.

Los valepotriatos que se encuentran en los productos comerciales (particularmente en extractos alcohólicos recién preparados y de elevada concentración alcohólica) se degradan rápidamente. Sin embargo, hasta que por conjugación pierden totalmente su toxicidad, los productos que resultan de la degradación de los valepotriatos son citotóxicos y mutagénicos y por lo tanto, desde el punto de vista teórico, pueden ocasionar problemas gastrointestinales. Aunque este riesgo sea pequeño, debe tenerse en cuenta en tratamientos con valeriana de larga duración. Es mejor utilizar la valeriana en forma de infusión, extractos hídricos o extractos alcohólicos con baja concentración de alcohol. Asimismo, deben evitarse los extractos alcohólicos de elevada concentración de alcohol y la raíz en polvo.

La composición de los extractos de valeriana depende de la forma de preparación, y varía de forma significativa según la proporción de alcohol que haya en el solvente hidroalcohólico que se utilice para manufacturar el extracto. Los extractos hidroalcohólicos con baja concentración de alcohol (menos del 30% de alcohol) contienen sobre todo ácido valeriánico, al igual que los extractos hídricos calientes. Las tinturas y extractos de elevada concentración de alcohol (generalmente 70% de alcohol) contienen valepotriatos. Es decir, estos valepotriatos no están presentes en los extractos hídricos ni en los preparados hidroalcohólicos con baja concentración de alcohol pero, en teoría, están presentes en la raíz en polvo y en los extractos alcohólicos con alta concentración de alcohol. Por tanto, deben seleccionarse extractos hídricos y productos hidroalcohólicos de baja concentración de alcohol. Además, los valepotriatos se degradan rápidamente durante el almacenamiento.

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